As pedras sob meus pés desnudos,
recobrem a estrada, o chão, a terra e minha visão.
Ao final do pequenino ponto do crepúsculo,
vejo a figura humana,
em sua silhueta luminosa,
como um farol a sinalizar os mares trepidantes e negros.
No avançar doloroso,
minhas pernas hesitantes caminham sem vontade...
Vibram...
Seus nervos inflamados e o vermelhidão sangüineo marcham,
pé ante pé, olhos sem piscar.
Um músculo de sangue me move,
que voluntariamente pulsa.
O desenho espectral toma forma,
delineia-se, move-se.
Ergue uma mão,
que aguarda a minha,
a arrancar-me do caos, em direção ao cosmos.
Foi a mais linda poesia que alguém já escreveu pra mim. Espero que continuemos nossa caminhada rumo ao cosmos juntos.
ResponderExcluirEssa caminhada acabou no dia 01/05/2018.
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