Cruas marginais do tempo
sopram em versos brandos sibilando vento
E o que ficou pra trás?
Tormentos
E o que ficou pra trás?
Tempo
Implacável como a vida
haveria de terminar
Ais, lamentos
Sentimentos vastos, tolhidos
ungüentos
Hipocrisias deixadas pra trás
Velhos mortos velhas ruas velhas nuas
Cruas encruzilhadas se cruzam
roda do viradouro gira gira
sem tempos vindouros
Roda, só roda
Não sai do lugar
E fica
Às margens dos tempos
Andrea Marques
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